TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: ASPECTOS DAS RELAÇÕES FAMILIARES E DA TERAPIA DO ESQUEMA

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: ASPECTOS DAS RELAÇÕES FAMILIARES E DA TERAPIA DO ESQUEMA

PATRICIA CORRÊA LIMA VIEIRA 1
FERNANDA SIQUEIRA VALADÃO 2

RESUMO
O presente artigo é uma revisão bibliográfica narrativa, que têm como objetivos, identificar características dos relacionamentos familiares que podem contribuir para o desenvolvimento da personalidade borderline; compreender a relação e correlação entre as características familiares que podem influenciar os esquemas desadaptativos em pessoas com o Transtorno de Personalidade Borderline e abordar a aplicabilidade da Terapia do Esquema em pessoas com este transtorno. Nesta perspectiva, foi realizada uma busca visando alcançar os objetivos propostos. Desta forma, compreende-se que, características do relacionamento familiar, ambientais, da genética e do temperamento destas pessoas, apontam para a relação com o desenvolvimento da personalidade borderline, o que interfere diretamente em suas relações interpessoais. A Terapia do esquema contribui para o tratamento das pessoas com este transtorno.

Palavras chaves: Transtorno de Personalidade Borderline. Relações familiares e interpessoais. Terapia do Esquema. Esquemas Iniciais Desadaptativos.

1. INTRODUÇÃO

Um Transtorno de Personalidade se define como um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível. (DSM-V,2014, p .645). A faixa etária para o surgimento de sinais e sintomas dos transtornos de personalidade costuma ser na adolescência ou no início da fase adulta, mantendo-se estáveis ao longo do tempo e provocando sofrimento e/ou prejuízo. Os comportamentos característicos dos transtornos de personalidade se manifestam em pelo menos duas das seguintes áreas: “cognição, afetividade, funcionamento interpessoal ou controle de impulsos, áreas que necessitam da regulação necessária para a obtenção da qualidade nas relações interpessoais’ conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (2014, p. 647). Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), apresentam emocionalidade exagerada, dramática, podendo dar a impressão de não ser genuína. A fala é fluente e vaga, e o paciente frequentemente cai em contradições. A descrição de tais comportamentos, indicam a intensidade e a instabilidade do comportamento presentes nas relações interpessoais. Este padrão de funcionamento ocorre na tentativa em satisfazer uma necessidade emocional (Ventura et.al, 2011, pg.553).

O Transtorno de Personalidade Borderline, caracteriza-se por um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem, de afetos e de impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e está presente em diversos contextos. Pessoas diagnosticadas com Transtorno de Personalidade Borderline demonstram dificuldades em estabelecer limites para as suas ações e visam evitar a sensação de abandono, seja este real ou imaginado (DSM-5, 2014, p. 663). Para uma maior compreensão, é necessário conhecer algumas características do TPB.

É possível identificar algumas características emocionais e comportamentais em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), entre elas estão: Vergonha, Invalidação, raiva, impulsividade, variação de humor, ansiedade, sensibilidade a crítica, interpretação equivocada das emoções, distorção de fatos, atribuição de culpa, medo de abandono, ruminação, depressão, insônia, pensamentos suicidas, entre outros (Polak, 2011 p. 19-39).

Para as pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline, a possibilidade de perder um relacionamento é sentida como a perda de um membro do corpo (Mason & Kreger, 2013, p.41). A autoestima é tão baixa que eles não compreendem como alguém poderia se interessar por eles. (Mason & Kreger, 2013, p. 41). Tendem a ser hipervigilantes à procura de indícios que demonstrem que a pessoa que eles gostam não os ama de verdade e que estão prestes a serem abandonados (Mason & Kreger, 2013, p. 41). Os autores ainda destacam que, “quando pessoas com TPB Borderline acreditam que seus medos irão se confirmar, elas podem ter acessos de fúria, fazer acusações, chorar convulsivamente, se vingar, se ferir, ter romances extraconjugais e outras atitudes destrutivas” (Mason & Kreger, 2013, p. 4). Indicativos de uma elevada instabilidade emocional, vulnerabilidade e baixa autoestima presentes nestes casos.

A Terapia Cognitivo Comportamental tradicional, ao longo do tempo mostrou-se limitada para o tratamento de pacientes difíceis e refratários, como transtornos da personalidade ou outros mais severos (Cazassa & Oliveira, 2008 apud Naginber,2016, p.2). Diante destas limitações, Young e colaboradores desenvolveram uma nova abordagem, a Terapia do Esquema (TE), que “dá maior ênfase à investigação das origens infantis e adolescentes dos problemas psicológicos, às técnicas emotivas, à relação terapeuta paciente e aos estilos desadaptativos de enfrentamento” (Young, et al, 2008, p. 21 apud Nabinger, 2016, p. 2).

Propõem-se que os esquemas resultam de emoções não satisfeitas na infância, considerando cinco necessidades fundamentais para o desenvolvimento do ser humano; sendo estas: Vínculos seguros com outros indivíduos, que compreendem a necessidade de segurança, estabilidade, cuidado e aceitação; autonomia competência e sentimento de identidade; Liberdade de expressão, necessidades e emoções válidas; espontaneidade e lazer e Limites realistas e controle (Young, et.al.2008, pg.24). Destaca-se ainda que um indivíduo psicologicamente saudável é aquele que consegue satisfazer de forma adaptativa às suas necessidades emocionais fundamentais (Young, et.al, 2008, p. 24). Sendo que, os comportamentos desadaptativos se dariam em resposta a estes esquemas (Young et.al ,2008, p. 22).

Nesta mesma perspectiva, os esquemas estabelecem padrões comportamentais, cognitivos e emocionais para lidar com temas quando estiverem em pauta na vida do indivíduo (Wainer & Rijo,2016, p. 55), interferindo na saúde emocional e nas relações interpessoais das pessoas com diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline, originando sentimentos e comportamentos prejudiciais na vida destas pessoas.

Dentre os aspectos prejudiciais do TPB, apresentam-se os casos de suicídio, como a maior causa de morte entre pacientes com transtornos de personalidade, com ênfase para os casos de Transtorno de Personalidade Borderline, observados em aproximadamente 80% dos pacientes. O risco de suicídio entre essa população é estimado entre 8 e 10%, representando um risco 50 vezes maior do que na população geral (Mazer et.al.2017, p. 89). Os autores mencionam também, que as comorbidades como depressão, ansiedade e dependência de álcool e outras drogas costumam estar presentes nos casos de Transtorno de Personalidade (Mazer et.al.2017, pg.89), o que eleva os riscos de morte, caracterizando-se como uma questão de saúde pública.

Os índices de suicídio e comportamento autolesivos presentes nos casos de Transtorno de Personalidade Borderline, podem estar contribuindo para uma percepção negativa destes casos, por parte dos profissionais (Soloff, Lis, Kelly, Cornelius e Ulrich, 1994 apud Neacsiu & Linehan, 2016, p. 37), o que indica a importância de conhecimento continuo acerca deste transtorno, bem como, o desenvolvimento de habilidades técnicas no atendimento destas pessoas.

A relação terapêutica pode apresentar desafios nos casos de TPB, os indivíduos com TPB também têm dificuldades com a raiva e sua expressão, e não é raro que essa raiva intensa seja direcionada a seus terapeutas (Barlow, 2016, p. 393). Portanto, compreende-se que o psicoterapeuta apresente habilidades específicas para atuar nestes casos. Além de manter o empirismo colaborativo, afeto, empatia e autenticidade terapêutica.

Sendo assim, o psicoterapeuta do esquema tem um papel fundamental no tratamento de pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline e atualmente “a terapia do esquema proporciona um novo sistema psicoterápico especialmente adequado para pacientes psicológicos crônicos arraigados, até então considerados difíceis de tratar” (Young et.al 2008, p. 17), dentre os quais estão incluídos os casos de Transtorno de Personalidade Borderline.

A TE também “reúne elementos característicos das Terapias Cognitivo Comportamentais (TCCs), integrando-os com outros advindos da psicanálise, da Gestalt, da teoria do apego e do modelo das relações objetais; por isso, é uma modalidade rica e integrativa em psicoterapia” (Edwards & Arntz, 2012 apud Wainer & Rijo, 2016 p. 2).

Esta característica da Terapia do Esquema, pode proporcionar resultados significativos no processo psicoterapêutico, pois o terapeuta irá atuar com um “embasamento mais robusto para poder aplicar a reparternalização limitada, na tentativa de ofertar, dentro dos limites da relação terapêutica, aquelas necessidades emocionais que não foram satisfatoriamente disponibilizadas na infância e adolescência do paciente” (Wainer,2016 p 127).

Portanto, torna-se relevante compreendermos aspectos do desenvolvimento da Personalidade Borderline, buscando identificar, características das relações familiares que podem contribuir no processo de desenvolvimento da personalidade borderline, as características emocionais e comportamentais presentes nos relacionamentos destas pessoas e como a Terapia do Esquema pode contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline.

2. CARACTERÍSTICAS DAS RELAÇÕES FAMILIARES, OS ESQUEMAS DESADAPTATIVOS E O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

As práticas e os estilos parentais exercem influência significativa no processo de desenvolvimento dos filhos.
Práticas parentais referem-se aos comportamentos dos pais voltados aos objetivos de socialização do filho, por exemplo, o uso de palmadas como método punitivo, são comportamentos expressos. Enquanto que os estilos parentais, de maneira mais ampla, dizem respeito quanto às características globais de interação entre pais e filhos, como tom de voz, linguagem corporal e atenção (BAUMRIND, 1997 apud BARBOSA, 2019, p. 32).

Wainer destaca a importância da qualidade da relação entre os pais e os filhos para o suprimento das necessidades emocionais básicas do ser humano e enfatiza a importância da relação da mãe com os filhos no período da “tenra infância”, conforme a compreensão da terapia do esquema. Quanto maiores forem os cuidados amorosos dos pais e o enriquecimento do ambiente para a criança, melhores serão as habilidades de conexão e autocuidado do indivíduo ao enfrentar estresses na vida adulta. (Wainer,2016, p. 6).

A não satisfação destas necessidades durante o processo do desenvolvimento infanto juvenil, dariam origem aos chamados esquemas iniciais desadaptativos (EIDs), que irão interferir nas características do comportamento das pessoas.

É possível identificar algumas características típicas da família de origem, que contribuem no processo de desenvolvimento de esquemas iniciais desadaptativos, segundo (Santos, 2016, p. 20).

As famílias de origem que apresentam característica distante, fria, rejeitadora, refreadora, solitária, impaciente, imprevisível e abusiva, contribuem para o desenvolvimento de esquemas de Abandono/instabilidade Desconfiança/abuso, Privação emocional Defectividade/vergonha Isolamento social/alienação, pertencentes ao domínio desconexão e rejeição (Santos, 2016 p. 19 e 20).

As famílias que apresentam um funcionamento emaranhado, solapando a confiança da criança, superprotegendo ou não estimulando a criança a apresentar um desempenho assertivo fora do contexto família, contribuem para o desenvolvimento dos esquemas de Dependência/incompetência Vulnerabilidade ao dano ou à doença Emaranhamento/self subdesenvolvido Fracasso, pertencentes ao domínio, Autonomia e Desempenho Prejudicados (Santos, 2016, p. 19 e 20).

Nas famílias que apresentam um funcionamento de permissividade, excesso de tolerância, falta de orientação ou sensação de superioridade em lugar de confrontação, disciplina e limites adequados em assumir responsabilidades, ausência de reciprocidade e definição de metas. É possível que a criança não receba, as orientações, acompanhamento e os estímulos necessários para conseguir lidar com níveis de desconforto, contribuindo para o desenvolvimento dos esquemas de Arrogo/grandiosidade Autocontrole/autodisciplina insuficiente, pertencentes ao domínio Limites prejudicados (Santos, 2016, p.19 e 20).

Nas famílias que apresentam comportamentos de aceitação condicional, a criança é orientada a suprimir as próprias necessidades e aspectos importantes relacionados a si mesma, para obter amor, atenção e aprovação. Os desejos e as necessidades emocionais dos pais, se sobrepõem em relação às necessidades emocionais dos filhos, contribuindo para o desenvolvimento dos esquemas de Subjugação Autossacrifício Busca de Aprovação/busca de reconhecimento, pertencentes ao domínio de orientação para o outro (Santos, 2016 p. 19 e 20).

Por fim, as famílias que adotam comportamento severo, exigente e punitivo; perfeccionismo, obrigações, cumprimento de regras, subjugação das emoções e fuga de erros se sobrepõem ao prazer, alegria e relaxamento. Pessimismo prevalente e preocupação se não houver vigilância e cuidados constantes; contribuem para o desenvolvimento de esquemas de Negatividade/pessimismo Inibição emocional Padrões inflexíveis/postura crítica exagerada Postura punitiva, pertencentes ao domínio de Supervigilância e inibição (Santos, 2016, p. 19 e 20).

É possível observar na descrição de alguns esquemas uma relação com alguns comportamentos presentes nos casos de Transtorno de Personalidade Borderline, segundo (Carvalho, 2015 apud Medeiros et. al.2019 pg.8) e (Kellogg & Young, 2006, apud Medeiros et.al, 2019, p. 8).

Nesta perspectiva, o estudo realizado por Carvalho e Sette (2015) encontrou correlações entre o fator neuroticismo do NEO-PI-R e a dimensão instabilidade de humor e aponta que além das semelhanças entre os elementos centrais desses fatores, ambos estão associados ao funcionamento do transtorno de personalidade borderline. […]Kellogg & Young destacam:
Semelhante à dimensão instabilidade de humor, os esquemas do domínio desconexão/rejeição estão associados aos modos de funcionamento do transtorno borderline (Kellogg & Young, 2006). Os modos criança irritada e vulnerável, no transtorno borderline, são marcados por necessidades emocionais não satisfeitas que, em geral, formam os esquemas de abandono, privação emocional e isolamento (Kellogg & Young, 2006, p. 27)

Tais achados, tornam relevante os estudos que visem identificar o desenvolvimento dos esquemas e a relação com casos de Transtorno de personalidade Borderline, conforme Souza e Correa:
O Transtorno da Personalidade Borderline é caracterizado pela impulsividade constante, oscilações de humor, problemas nos relacionamentos interpessoais e intrapessoais sem estabelecer vínculos de confiança, falta de controle da raiva, sentimento de não pertencimento a nenhum grupo ou local, muitas vezes até pensamentos suicidas ou ideação suicida, sentimento de vazio e inutilidade, inflexibilidade psicológica (Souza e Correa, 2019, p. 441)

Diante do exposto, compreende-se como necessário um acompanhamento psicoterapêutico que considere os aspectos das necessidades emocionais identificadas nos casos de pessoas com este transtorno, como propõe a Terapia do Esquema.

2. 1 A TERAPIA DO ESQUEMA E O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE
A Terapia do esquema define como preponderante a influência dos pais e da família em geral na evolução psicológica saudável ou patológica da criança. (Young, Klosko, & Weishaar, 2008 apud Wainer, 2016, p. 5). Nesta perspectiva é fundamental para a Terapia do Esquema a identificação dos esquemas iniciais desadaptativos.

Os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) são padrões emocionais e cognitivos responsáveis por processos de funcionamento da personalidade, definidos como crenças e sentimentos tomados como verdades sobre si e sobre o mundo (Young, Klosko, & Weishaar 2008 apud Soares & Carlesso, 2021 p. 3). Os autores também destacam que estes esquemas iniciais são oriundos de necessidades emocionais fundamentais que não foram supridas durante a infância e a adolescência, (Young, Klosko, & Weishaar 2008 apud Soares & Carlesso, 2021 p.3).

Existem cinco necessidades emocionais fundamentais a serem satisfeitas durante a infância e adolescência, são elas, vínculo seguro com outros indivíduos; percepção de competência e autonomia; limites realistas em relação aos outros e ao ambiente onde vive; orientação em relação às próprias necessidades; liberdade de expressão autêntica das emoções e dos sentimentos (Petersen & Wainer,2011; Young et al., 2008 apud Paim & Rosa,2016, p.2) Os autores destacam ainda, que o indivíduo irá manifestar de forma particular cada uma destas necessidades, pois é necessário considerar as questões inatas pertinentes a cada um, porém, estas necessidades são universais e o suprimento de cada uma delas é fundamental para um desenvolvimento emocional saudável da personalidade e de esquemas emocionais funcionais. (Paim & Rosa,2016, p.2)

Estas necessidades apresentam as seguintes características: Necessidades de vínculos seguros com outros indivíduos; autonomia, competência e sentido de identidade; liberdade de expressão, necessidades e emoções válidas; espontaneidade e lazer; e limites realistas e autocontrole (Pessoa, 2020; Lim & Barlas, 2019 apud Soares e Carlesso, 2021, p.3).

Estes esquemas “são gerados por uma interação entre três fatores: o temperamento emocional (geneticamente herdado), as experiências sistemáticas com as figuras de afeto da infância e o grau de gratificação das necessidades emocionais básicas de cada período do desenvolvimento (Wainer e Rijo, 2016, p.3). Sendo assim, compreende-se que o suprimento dessas necessidades está também relacionado com as características das relações interpessoais mantidas entre os cuidadores responsáveis e as crianças e adolescentes.

Uma combinação das primeiras experiências de vida e o temperamento da criança pode levar ao não atendimento, em maior ou menor grau, das suas necessidades emocionais fundamentais, que, por sua vez, predispõe ao desenvolvimento de esquemas iniciais desadaptativos (Soares e Carlesso, 2021, p.3). Nesta perspectiva, considera-se também, as características subjetivas da criança e do adolescente implicadas no suprimento de suas próprias necessidades no contexto das relações familiares e outras.

No processo de desenvolvimento da personalidade/identidade, o ser humano passa por cinco etapas evolutivas sucessivas, durante as quais se estabelecem as principais crenças e regras do indivíduo sobre aspectos e tópicos cruciais da vida (Wainer e Rijo, 2016. p.3). Etapas que foram consideradas para dar origem aos 05 domínios esquemáticos, conforme abaixo.

Domínios esquemáticos, características do comportamento e respectivos esquemas

  1.  Domínio – Desconexão Rejeição: pacientes com esquemas nesse domínio caracterizam-se por incapacidade na formação de vínculos seguros e de maneira satisfatória com outras pessoas. Esse domínio é formado pelos seguintes EIDs: abandono/instabilidade, desconfiança/abuso, privação/ emocional, defectividade/vergonha e isolamento social/alienação.
  2.  Domínio – Autonomia e Desempenho Prejudicados: pacientes com esquemas nesse domínio não conseguem se desenvolver com confiança. Os esquemas pertencentes a esse domínio são: dependência/incompetência, vulnerabilidade ao dano ou à doença, emaranhamento/self subdesenvolvido e fracasso.
  3. Domínio – Limites Prejudicados: indivíduos com esquemas tem como principais características, o egoísmo, a responsabilidade e o narcisismo. Dentro desse domínio estão os EIDs: merecimento/grandiosidade e autocontrole/autodisciplina insuficientes.
  4. Domínio – Orientação para o Outro: neste domínio, os indivíduos tendem a manter uma postura de atender a todas as necessidades dos outros em detrimento das suas, o que fazem no intuito de receber aprovação e evitar retaliações. Nesse domínio, estão inclusos os esquemas: subjugação, autossacrifício e busca de aprovação/busca de reconhecimento.
  5. Domínio – Supervigilância e Inibição: pessoas com esquemas nesse domínio reprimem seus sentimentos e impulsos com a finalidade de cumprir regras rígidas internalizadas, em prejuízo de sua própria felicidade, autoexpressão, relacionamentos íntimos e boa saúde. Nesse
    domínio, incluem-se seguintes esquemas: negativismo/pessimismo, inibição emocional, padrões inflexíveis/postura crítica exagerada e postura punitiva.
    Fonte: Tabela adaptada da Revista Brasileira de Psicoterapia 2016; 18(3):17-31 (Ghisio. Et.al.2016)

Atualmente são 18 os EIDs identificados pela TE, os quais são agrupados em cinco categorias de necessidades emocionais não satisfeitas em sua totalidade, chamadas de domínios esquemáticos (Wainer e Rijo, 2016, p.3).

Destaca-se que, dentre estes EIDs, “um ou mais estarão presentes em diferentes transtornos de personalidade” (GHISIO, et.al, 2016, p. 24), o que nos permitirá relacionar ao comportamento nos casos de Transtorno de Personalidade Borderline.

Desta forma, os esquemas foram organizados, sendo possível compreender e identificar as necessidades não satisfeitas na infância e adolescência, que por consequência podem interferir no comportamento na vida adulta, sendo identificados como modos esquemáticos.

A concepção de modos esquemáticos surge posteriormente no desenvolvimento da terapia do esquema. A princípio, esta focalizava toda a sua abordagem na Psicoeducação e intervenção nos esquemas iniciais desadaptativos (EIDs) individualmente. (Young, 2003 apud Wainer e Wainer, 2016, p. 1).

Em relação aos esquemas mentais Genderen, Rijkeboer, & Arntz, Ekencam:
Enquanto os esquemas mentais, entre eles os EIDs, são traços da personalidade, os MEs são como “estados” ativados em situações momentâneas. Na mesma direção, enquanto um esquema representa a temática de uma dimensão emocional (p. ex., privação emocional), um ME expressa um conglomerado de EIDs e de estilos de enfrentamento que estão ativos simultaneamente em um dado contexto (p. ex., a criança zangada pode envolver EIDs de abandono, defectividade, autocontrole e autodisciplina insuficientes ao mesmo tempo) (Genderen, Rijkeboer, & Arntz, 2012, p. 10).

Inicialmente a terminologia dos modos esquemáticos foi desenvolvida para o acompanhamento dos casos de Transtornos de Personalidade Borderline e narcisista (Young et al., 2008 apud Wainer e Wainer, 2016 pg.2), considerando a elevada complexidade destes casos e pela dificuldade de engajamento produtivo e empático na relação psicoterapêutica (Wainer e Wainer, 2016, pg.2).

Sendo assim, apresentamos os modos esquemáticos e as respectivas características de comportamento, segundo Wainer e Wainer, 2016, p. 2-3).

Os Modos criança se apresentam como: Criança vulnerável, tende a acreditar que os outros a abandonarão ou mesmo abusarão dela. Sente-se excluída e rejeitada. Busca ajuda continuamente e demonstra estar em constante situação de risco. Criança zangada, sente-se
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injustiçado por suas necessidades não estarem sendo atendidas. A raiva e até a fúria são muito comuns e em suas percepções incluem-se a o sentimento de abandono e rebaixamento. Expressa a raiva e solicita seus direitos de maneira hostil.

Criança impulsiva: age impulsivamente, buscando satisfazer suas vontades de forma egoísta e descontrolada. A raiva surge caso não se sinta realizada. Coloca-se em risco na busca da própria satisfação, insistente parecendo uma criança mimada. Criança indisciplinada: Demonstra intolerância à frustração, ao desconforto e às tarefas rotineiras, bem como a mínima sensação de dor, conflitos e persistência. Criança feliz: Sente-se amada, conectada, compreendida, validada e satisfeita. Confiante, corajosa, espontânea e otimista (Wainer e Wainer, 2016, p. 2-3).

Modos pais disfuncionais internalizados, se apresentam como: Pai/mãe punitivo: O paciente mostra-se agressivo, intolerante e crítico consigo mesmo e acredita que merece ser punido. Presença de autodepreciação, condutas de automutilação e tentativas de suicídio são comuns. Reproduzem características de seus cuidadores no momento de crítica e punição, como mudança no tom de voz e nas expressões. Os EIDs relacionados com este modo são: Subjugação, postura punitiva, defectividade, desconfiança/abuso (como abusador). (Wainer e Wainer, 2016, p. 2-3).

Pai/mãe exigente: A pessoa sente que precisa agir de acordo com regras e padrões rígidos e elevados, na busca de competência e eficiência, porém nunca está satisfeito com seu desempenho. Fica muito focado no que deveria ter feito para prever a falha. Os EIDs identificados com este modo são: Padrões inflexíveis, autossacrifício. (Wainer e Wainer, 2016, p. 2-3).

Modos de enfrentamento desadaptativos; se apresentam como: Capitulador complacente: Submete-se aos desejos dos outros, desconsiderando os seus próprios, para evitar agressões e outras consequências. Suprime suas necessidades e emoções com medo de represálias. A característica mais marcante é a obediência cega, que ocorrerá também em relação ao terapeuta. Age de acordo com a vontade do outro. Pode permitir, inclusive, abuso e maus-tratos.

Protetor desligado: Foge de emoções negativas. Para isso, desconecta-se de suas emoções, podendo agir de modo robótico ou de forma desligada da realidade. É a forma mais comum de resistência ao processo terapêutico. O paciente pode se sentir vazio, chateado e desatento. Despersonalização e desrealização são comuns. Pode assumir a forma de atitudes cínicas e pessimistas a fim de manter os outros afastados.

O Autoaliviador: busca distrações para evitar sentimentos negativos. São comuns: dormir, abusar de substâncias, trabalhar em excesso e apresentar compulsão por jogos, internet, sexo ou esportes. É semelhante ao modo protetor desligado, mas tende a ser mais vinculado no contato, com mais ênfase às suas formas de distração. Justificando de forma insistente e racional.: Hipercompensador: é um conjunto de maneiras de lidar com as situações em que a pessoa busca aliviar o desconforto da ativação de EIDs por meio de “exageros”. As mais típicas são o autoengrandecimento e o provocador e ataque.

Adulto saudável: A pessoa busca relações e atividades positivas, identificando e buscando neutralizar pensamentos e sentimentos negativos a seu respeito. Consegue identificar suas necessidades emocionais não atendidas e, de modo organizado e racional, busca meios para tentar supri-las na medida do possível. Demonstra tolerância à frustração e capacidade de planejamento. (Wainer e Wainer, 2016, p.4).

Em casos de Transtorno da personalidade borderline, “é possível identificar o seguintes modos: criança vulnerável, abandonada, abusada e defeituosa; criança zangada; criança indisciplinada-impulsiva; protetor desligado; pais críticos; hipercompensador (provocativo e ataque). (Wainer e Wainer, 2016, p.4). Caracterizando aspectos relevantes que correspondem a elevada sensibilidade emocional presentes nestes casos.

Apresentamos assim, os aspectos fundamentais para compreensão da terapia do esquema e as principais características das dinâmicas dos modos esquemáticos que estão no foco desta prática psicoterapêutica.

Quanto ao manejo do processo psicoterapêutico de pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline, considera-se três passos fundamentais segundo (Young, et.al, 2008 apud Soares & Carlesso,2021, p.18) que irão considerar as características dos modos de funcionamento nestes casos, conforme as informações abaixo:

03 passos da Psicoterapia nos casos de TPB

  1. Primeiro passo: Uma relação com o paciente marcada pelo vínculo terapêutico afastado do modo protetor desligado e alicerçado no afeto positivo. Desta forma o psicoterapeuta pode realizar a reparentalização com o modo criança abandonada da pessoa, desenvolvendo a segurança emocional. Para tal é necessário o uso de técnicas de enfrentamento para inspecionar o humor e amenizar o sentimento de abandono, com atenção ao sintomas mais graves, como a ideação suicida
  2. Segundo Passo: A introdução do modo adulto saudável, com as técnicas de reparentalização durante a sessão, quando o modo adulto saudável atua de uma maneira a acolher e trazer segurança ao modo criança abandonada, determinar limites ao modo criança zangada, sucedendo o protetor desligado e extinguindo o modo o pai/mãe punitivo.
  3. Terceiro passo: O terapeuta tem por objetivo, proporcionar a autonomia ao paciente para melhores decisões na escolha de seus parceiros e incentivando-o a praticar em seu cotidiano o que aprende em terapia. Também é possível auxiliar a pessoa a identificar seus dons e qualidades e utilizá-las para as suas tomadas de decisão.

Fonte: (Soares & Carlesso,2021 p.18 apud Young, et.al, 2008)

A relação terapêutica é um critério relevante na terapia do esquema. A fim de obter resultados satisfatórios neste processo psicoterapêutico, algumas práticas são essenciais, como: A avaliação e conceitualização do caso e a mudança do esquema, (Ghisio et.al,2016, p.27). Para tal; existem duas características da relação terapêutica que são fundamentais nesta terapia, são elas:

O confronto empático, que é expressão da compreensão do esquema do paciente, ao mesmo tempo que se confronta as necessidades de sua mudança e a reparação parental limitada, que propõe satisfazer as necessidades emocionais do cliente não satisfeitas na infância, porém de forma limitada. (Ghisio et.al, 2016, p.27).

A confrontação empática, trata-se de uma postura que empatiza com o sofrimento do paciente, compreende os motivos pelos quais ele apresenta determinados comportamentos, porém não os avaliza, procurando impulsioná-lo à mudança (Bernstein, Arntz, & Kuelen de Vos, 2007 apud Andriola 2016, p.8).

Para o tratamento de transtornos de personalidade, a TE é considerada como uma das abordagens mais efetivas, devido enfatizar um nível mais aprofundado de cognição, o nível de Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) (Young 2003 apud Manfini et. al ,2020, p. 4).

Apesar de se desenvolverem precocemente, os EIDs vão sendo elaborados durante toda a vida, podendo ser derivados de experiências negativas regulares e constantes, não precisando, necessariamente, de um evento traumático” (Ghisio et.al,2016, p.23). Compreendendo que, os aspectos das relações com os familiares e cuidadores, não devem ser um aspecto único a ser considerado no processo de desenvolvimento dos EIDs, bem como de transtornos da personalidade, porém, podem contribuir de forma significativa no desenvolvimento de psicopatologias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreende-se que o desenvolvimento da personalidade borderline envolve questões genéticas, ambientais, de experiências de vida, características de temperamento e das relações com familiares e cuidadores, no período da infância e da adolescência, relacionado a não satisfação de necessidades básicas nestas fases e interferindo nas emoções e comportamento na vida adulta. O que pode ser identificado pela presença de esquemas iniciais desadaptativos (EIDs) em pessoas com transtorno de personalidade. Quanto à eficácia da Terapia do Esquema no tratamento do TPB, considera-se que a postura flexível do psicoterapeuta contribua significativamente para o manejo adequado destes casos, porém ainda se percebe a necessidade de novas pesquisas acerca deste tema.

REFERÊNCIAS
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